O Anúncio do Nascimento do Nosso Salvador

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Texto Bíblico: Lucas 2.8-20

INTRODUÇÃO

As profecias messiânicas proferidas no Antigo Testamento se cumpriram com o nascimento de Jesus Cristo em Belém da Judeia.

O Senhor preferiu se revelar entre nós, na forma humana, para pessoas humildes de coração e não entre a liderança do judaísmo.

Certamente que, entre as famílias dos principais líderes, havia virgens descendentes da linhagem de Davi, desposando os jovens da mesma classe social. Se Deus escolhesse uma das virgens dessas famílias, Jesus teria nascido em uma família abastada e passaria a sua infância em uma moradia luxuosa pertencendo à alta classe social.

Mas não foi dessa forma que se cumpriu a vontade do Senhor e em nossa meditação veremos que Deus já havia determinado pela boca do profeta Isaías, o que Jesus passaria, como o Servo Sofredor: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.” (Is 53.3).

O anúncio da boa-nova, pelo anjo do Senhor, aos pastores que cuidavam do rebanho de ovelhas nos revela como Deus se manifesta entre os piedosos que se dedicam a fazer a vontade do Senhor.

8 Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.

Quem eram pastores na Bíblia? A Bíblia nos apresenta Jacó, Moisés, Davi como pastores de ovelhas. Mas eles são apresentados também como grandes líderes de Israel.

Os pastores cuidavam do rebanho lutando com feras e ladrões. Consumidos pelo calor do dia e pela geada da noite, perdendo horas de sono por causa da vigília, conforme relata Jacó ao seu sogro (Gn 31:39-40), demonstrando o sofrimento de um pastor pelas suas ovelhas.

Moisés apascentava o rebanho de ovelhas de Jetro, seu sogro, quando teve um encontro com o Anjo do Senhor, que lhe apareceu numa chama de fogo, no meio de uma sarça ardente que não se consumia (Ex 3:1-2), demonstrando como o Senhor se revela às pessoas que cuidam das ovelhas que estão sob a sua responsabilidade.

Davi, quando se dispôs a lutar contra Golias, contou ao rei Saul como estava acostumado a lutar contra leões e ursos. O texto de 1Sm 17:34-35 nos dá a entender que esses confrontos com os grandes animais ocorreram diversas vezes, demonstrando que um pastor não tem medo de enfrentar nenhum perigo para proteger as suas ovelhas.

No Livro do profeta Ezequiel nós podemos ver um exemplo de como os líderes de Israel são chamados de pastores e o povo de Israel são como as ovelhas sob a responsabilidade desses pastores, cf. Ez 34:8.

Sobre si mesmo Jesus disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11), demonstrando assim que a supremacia pastoral está sobre os Seus ombros. Jesus delega a responsabilidade de pastorear o Seu rebanho, que é a Igreja do Senhor, aos Seus discípulos.

O pastor cuidando de um rebanho é uma figura importante nas Escrituras Sagradas, pois representa o Senhor cuidando do Seu povo. Por isso que um anjo do Senhor veio trazer as boas novas aos pastores:

9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

O anjo que desceu sobre os pastores da Judeia é diferente do Anjo que apareceu a Gideão, em Jz 6:12: “Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente”.

Para diferenciar, o texto bíblico grafa a primeira letra maiúscula, quando quer indicar a presença do próprio Deus se manifestando.

Enquanto que “um anjo do Senhor”, se refere a um dos incontáveis anjos que estão ao serviço do Senhor.

Os pastores ficaram atemorizados devido à presença do anjo e a visível e resplandecente glória do Senhor

10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:

Aquele que aplica o seu coração em fazer a vontade de Deus, que busca ao Senhor na oração e na meditação da Sua Palavra, certamente ouvirá boas notícias a respeito do assunto de sua oração (cf. Dn 10.12).

Uma boa-nova é sempre recebida com alegria. Por isso sejamos nós também portadores de boas notícias! Sempre serão recebidas com alegria as boas notícias da salvação em Jesus, tal como disse o profeta Isaías, 52.7: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!”.

Em nosso texto de Lc 2, qual foi a boa notícia que o anjo trouxe?

11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

Cerca de 700 anos antes deste dia em que Cristo nasceu, o profeta Isaías havia predito: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” (Is 9:6).

O local de nascimento também havia sido predito há cerca de 700 anos antes, pelo profeta Miquéias: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq 5.2).

Posteriormente, a respeito de Jesus Cristo, Pedro disse a Cornélio e a todos que estavam com ele: “Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos.” (At 10:36).

12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.

Qual seria o propósito de Deus na humildade e na simplicidade do nascimento do Messias para trazer a nossa salvação?

Somente aqueles que entendem o que o profeta Sofonias disse em Sf 2.3 compreendem o propósito do Senhor com a humildade: “Buscai o Senhor, vós todos os mansos [humildes] da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão [humildade]; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor”.

Aqueles que priorizam o poder e a riqueza em suas vidas não compreendem que a humildade e a justiça andam juntas. Nunca serão justos aqueles que não são humildes. Nunca terão a justiça de Deus em suas vidas se não aceitam a humildade de Cristo, que veio trazer justiça aos humildes.

13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:

O salmista canta: “Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade.” (Sl 103:20-21).

Os anjos glorificavam ao Senhor, revelando o amor que Deus sente por todos aqueles a quem Ele quer salvar.

14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem.

A glorificação da multidão de anjos ecoou na multidão dos discípulos que glorificavam a Deus na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Eles louvavam a Deus em alta voz.. “dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas!” (Lc 19:38).

O profeta Isaías previu momentos como este quando disse: “Cantai, ó céus, alegra-te, ó terra, e vós, montes, rompei em cânticos, porque o SENHOR consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadece.” (Is 49:13).

Confirmando o que Ele havia dito em Jo 3:16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Então, a maravilhosa apresentação dos anjos findou:

15 E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.

Notemos que os pastores dizem “que o Senhor nos deu a conhecer.” Deixando claro que, a mensagem não é dos anjos, mas sim, de Deus. O Senhor, como o emissor da mensagem, é destacado e não o mensageiro. E os pastores foram a Belém.

16 Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura.

A criança estava deitada na manjedoura e o v. 7 nos informa a razão: “e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lc 2:7).

O fato de não ter lugar para eles na hospedaria, nos faz supor que o hospedeiro tenha se compadecido da situação de Maria e oferecido para eles ficarem na estrebaria, que apesar do desconforto, os deixavam abrigados à noite.

17 E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino.

Os pastores relataram que o anjo apareceu dizendo para não terem medo, pois estava trazendo uma notícia muito boa, para dar grande alegria a todas as pessoas.

Havia nascido em Belém, o Salvador das nossas almas. O Messias tão esperado trazendo libertação. O Senhor que dirige os nossos passos.

E o sinal de que haviam encontrado a criança certa é que estaria envolta em faixas e deitada em uma manjedoura.

Relataram também acerca da multidão de anjos da milícia celestial, certamente que em um plano mais alto, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”.

18 Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. 19 Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.

Desde que o anjo apareceu a Maria e anunciou que ela fora favorecida e escolhida por Deus para ser a mãe do Rei Jesus (Lc 1.28-33) coisas admiráveis aconteciam com ela e à volta dela; a gravidez de Isabel, mãe de João Batista, a revelação que Isabel teve ao se encontrar com Maria: “E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?” [Isabel chamou o bebê de Maria de Senhor] (Lc 1.42-43).

Além de Isabel, Simeão, homem temente a Deus, também recebeu uma revelação acerca do Filho de Deus. Quando os pais de Jesus levaram-no para ser apresentado no templo: “Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel. E estavam o pai e a mãe do menino admirados do que dele se dizia.” (Lc 2.28-33).

20 Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.

Os vv. 17-19 do Salmo 72, que versa sobre o Rei Messiânico, diz: “Subsista para sempre o seu nome e prospere enquanto resplandecer o sol; nele sejam abençoados todos os homens, e as nações lhe chamem bem-aventurado. Bendito seja o SENHOR Deus, o Deus de Israel, que só ele opera prodígios. Bendito para sempre o seu glorioso nome, e da sua glória se encha toda a terra. Amém e amém!”.

Ecoa no Sl 72 a promessa feita a Abraão em Gn 12.3 que finaliza dizendo: “em ti serão benditas todas as famílias da terra.”. Somente o nosso Deus tem poder para cumprir essa promessa, e Deus a cumpre através de Seu Filho Jesus Cristo. Toda a terra manifesta a glória de Deus e os Seus feitos são reconhecíveis por todas as pessoas. Por isso: toda a glória seja dada ao nosso Deus e ao nosso Senhor Jesus Cristo.

CONCLUINDO

O Senhor nos ensina hoje que a revelação sobre o nascimento do Seu Filho Unigênito entre nós para nos trazer a salvação, foi reservada a uns poucos escolhidos que, em suas atitudes humildes, estavam de maneira agradável ao Senhor.

O Senhor revelou:

À Maria uma virgem concebida pelo Espírito Santo e deu à luz ao Nosso senhor e Salvador Jesus Cristo.

Ao carpinteiro José, noivo de Maria, que compreendeu que estava sob a sua responsabilidade, o cuidado e a educação do Filho de Deus.

À Isabel, uma mulher, que pensara que nunca poderia ter filhos, mas concebeu o precursor daquele que trouxe a mensagem da salvação.

A alguns pastores que se dedicavam a cuidar de um rebanho de ovelhas cuja dedicação simboliza o cuidado do Senhor, como o Supremo Pastor que pastoreia a Sua Igreja.

A um homem justo e piedoso, ao qual o Espírito Santo lhe revelou que não morreria sem antes ter visto o Cristo do Senhor.

A nós, escolhidos do Senhor desde antes da fundação do mundo, para receber a salvação eterna.

E a todos aqueles a quem o Senhor escolheu para crerem no Senhor Jesus e na mensagem do Evangelho da Salvação.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS NESTE NATAL


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Francisco Erdos
Francisco Erdos

Doutor em Teologia pela PUC-PR. Mestre em Teologia pela PUC-PR. Pós-graduado em Teologia Bíblica pela PUC-PR. Graduado em Teologia (integralização de créditos) pelo Centro de Ensino Superior de Maringá CESUMAR. Graduado em Teologia pelo Instituto e Seminário Bíblico de Londrina ISBL. Licenciado ao Ministério Pastoral pela Igreja Presbiteriana do Brasil. Casado com Ivanilza Erdos e têm dois filhos: Natan Henrique e Lucas Vinícius. Ver + Currículo

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